Pai, mesmo assim te amo.

(Eu não sei por onde começar, não sei qual vai ser o fim desse texto, não sei qual o real intuito que estou escrevendo isso.)

Pai, todos sabem que nossa relação não é uma das melhores e nunca foi exemplo para ninguém. Só Deus sabe o quanto tu me fez sofrer e feliz ao mesmo tempo. Ao mesmo tempo sendo meu exemplo e algumas vezes me envergonhando.

 

Eu sei que você me ama, assim como eu te amo. Mesmo você raramente não demostrando, sinto em cada beijo e abraço todas as palavras que queria me dizer, cada conselho que não me deu e cada discussão que só afastou nós.

Já fomos família, já fomos quase desconhecidos. Porquê teve que ser assim? Eu só queria ter você mais perto de mim, tanto nas vitórias que eu consegui quanto nos momentos que precisei de um ombro paterno.

Minha admiração é contida, tenho orgulho de ter um pai que sempre trabalhou muito e sempre fez de tudo para ser um homem melhor do que o seu pai foi, pena que nem sempre é assim. Tantas vezes você erra e que não tem coragem de pedir desculpas. 

Pai, me liga? Vem me visitar? Eu quero ter você mais perto de mim. Quando escuto aquelas músicas que você gosta sempre dá saudade. Vejo as fotos de quando eu era criança e eramos tão mais unidos e felizes, mas porquê não renovamos esse sentimento?

Pai, eu te amo, espero que se um dia você for ler esse texto, não fique chateado. Ele foi apenas um desabafo nesse dia dos pais que passaremos afastados, mas que fique claro o tanto que te amo e te admiro como pai, apesar do nosso maior contato ser um: Oi pai? Oi Filho. Tudo bom? Tudo. Como vai a Renatinha? Tá bem. Beijos, tchau. Tchau pai.